Quando se fala em um atleta do Brasil, logo nos vem à mente a luta contra a falta de investimento e a dificuldade de se reerguer após as adversidades esportivas. Essas recordações todas se concentram em um nome em especial: Hugo Calderano, o grande campeão da Copa do Mundo de Tênis de Mesa.
Em um dos momentos mais marcantes da última Olimpíada, Hugo ficou em quarto lugar, um feito histórico para a modalidade que sempre almejou destaque, mas nunca havia alcançado tal reconhecimento. No entanto, a experiência olímpica deixou marcas profundas no maior talento do tênis de mesa brasileiro.
Reerguer-se após uma queda nunca é simples. E Hugo Calderano ilustrou isso de maneira vívida em sua emocionante entrevista após conquistar o título inédito na Copa do Mundo. Entre lágrimas, o mesa-tenista ressaltou a importância de sagrar-se campeão após os desafios enfrentados nos Jogos Olímpicos. Ele sofreu, viveu a dor em completo isolamento. É verdade que teve o auxílio dos novos treinadores e da namorada Bruna Takahashi, porém somente um atleta brasileiro compreende verdadeiramente o peso das derrotas.
A adversidade faz parte do trajeto esportivo. O verdadeiro teste está na forma como se encara e se recuperar desses momentos. A jornada nem sempre é fácil. Na mencionada entrevista pós-título, Hugo admitiu ter passado por um período extremamente desafiador um mês antes. Contudo, somente o esporte proporciona uma força interior singular, que se traduz em determinação, foco e garra para perseguir os sonhos mais profundos.
Hugo enfrentou os três melhores mesatenistas do mundo para alcançar a glória mundial. Ele os venceu com uma determinação avassaladora. Qual é o segredo? A força interna, que somente o atleta brasileiro é capaz de vivenciar e utilizar de forma primorosa. Calderano demonstrou sua resiliência, não para agradar os fãs, mas para se superar a si mesmo.
Das lágrimas da frustração ao pranto da vitória. Essa é a essência da trajetória do atleta brasileiro! Ele perde, chora, enfrenta as dores e se restabelece. Com ou sem apoio externo. Todavia, com o mais importante: a força proveniente do âmago, da alma, que se transforma em momentos memoráveis. Parabéns, Hugo!